quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Cantares de um Amor Pagão


Cantares de um Amor Pagão
_Dueto_

Rasgue minhas vestes, querida minha,
Quero deitar-me sobre teu corpo nu.
Diante dos medos, mostra-te fera! e eu, o que sou?

Vem, aproxima de mim tua insanidade,
Quero ser livre de verdade
Em teus braços faremos  amor.

Não és príncipe! és fada encantada e eu o que sou?
Sou escrava da sanidade, preciso de liberdade,
Posso ser hoje seu Pierrô?

O paraíso é tua pele... encontro com o céu!
Favo de fel, mel... maná das montanhas...

Berço onde bebo na fonte dos desejos...
Onde escorre em minhas vestes teu néctar
Que irriga as margens dos meus sentidos...

... Carregando minha sanidade mar adentro...
Teus braços, abraços, suspiros...
Teus sussurros me enlouquecem, deliro!

Vem mais perto, amassa minha carne
Recortando-lhe o sedoso e justo vestido...

Tatua-me a pele em unhas de porcelana...

Diga! devo ser santa violada com angustia e dor?

Não... Adoçarei teus lábios rubros em beijos delirantes!

Supro o teu ardente amor... sou meretriz e louca!
Insana igual a ti, agora, te amarei de verdade
Será sem maldade... mais preciso de ti...

...Em lençóis de cetim dourado, venha até mim.

Pouso lentamente... como uma ave aflita...

Enrolo-me na direção do teu sol, tua luz maior!
E ali repouso todo meu desejo!
Em vão tento reter tua impulsividade...

Fera faminta! é impossível, ante tua beleza,
Conter-me mais! o mundo flutua em melíflua pele...

Humidades, murmúrios, olores, ah! rubras rosas!
E vejo o céu explodir em mil relâmpagos!

Em teu colo ouso repousar minha lucidez...

 Aceito tal armadilha pra minha alma.
 Recebemos uma a outra no mesmo compasso
 Somos uma neste momento de entrega absoluta,

 Deixemos exalar a essência de mil flores que brota de nós
 E orvalho cai na madrugada, cintilando!

 É mar e luar, meu ser, conexo a ti.
 E, escandalizando estruturas,

Negando a autocrítica...

Fazemos... amor!

Bianka Luz &  Elïscha Dewes



sábado, 5 de janeiro de 2013

...diante de tua foto e raras palavras...




Perdi o senso de prudência: sou dessas que amam de todo o coração. Eu louvo todas as grandes apostas; que o amor é um grande jogo de aposta.

Meu coração olha com certo desdém a todos que se protegem e se confortam. E aos precavidos quero oferecer a minha insensata palavra: em verdade, não honro ao guerreiro são e salvo.

Coragem e audácia: eis a verdadeira sabedoria.
Eu vivo ao sabor de um jogo de dados, e cada dia vivido tem o doce prazer do rolar dos dados.

Que eu sou a antítese de mim mesmo, conquanto seja contraditório, sou o antídoto de mim mesmo.
Aos que me seguem; eu sugiro um estômago forte e uma memória fugaz, que a minha palavra é pra hoje e é forte, mas é pra nunca mais.

Eu já queimei todos os meus livros de sabedoria; e não sobrou nada além de verdades chocantes, cinzas e fumaça. Que a melhor verdade não se aprende com a mente, mas com o coração.